Passos para lidar com a DPOC

A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença “cara” em toda a sua abrangência. A DPOC, afecta 5,42% da população portuguesa na faixa etária dos 35 aos 69 anos. Anualmente morrem 8,7 por cada 100.000 habitantes com esta doença, isto implica gastos de milhões de euros para o serviço nacional de saúde e para os doentes.
Milhões de pessoas vivem atualmente com esta doença, muitos deles sem saberem. Estes doentes sofrem de uma redução drástica na sua qualidade de vida, perdendo mesmo a capacidade de realizar atividades da vida diária.
Normalmente, um doente que seja admitido ou faça uma readmissão hospitalar provocada pela DPOC, começa a sentir num curto espaço de tempo uma perda considerável da qualidade da sua saúde. Fazer uma boa autogestão da DPOC é, portanto, crucial para o doente manter o máximo de independência o mais tempo possível.
Embora possa parecer uma contrição pedir a uma pessoa com dificuldades respiratórias e que facilmente fica sem fôlego para se exercitar regularmente, estudos mostram que o exercício é uma componente chave para controlar esta doença, prevenindo assim internamentos ou reinternamentos hospitalares.
Um estudo que acompanhou 340 pacientes durante 1 ano, a atividade física foi responsável por uma redução em 46% na readmissão hospitalar, o que é um fator relevante para os pacientes com DPOC.
O cansaço que aparece muito mais rapidamente, torna os pacientes com DPOC menos predispostos a desenvolver atividades físicas, desenvolvendo uma tendência ao sedentarismo. Isto provoca um efeito dominó,  agravando o declínio físico que por sua vez poderá facilitar o aparecimento de quadros depressivos. A depressão pode levar a uma perda prematura de autonomia na realização de atividades da vida diária, isto terá um impacto profundo agravando a taxa de declínio físico. O efeito global significará uma perda maior de saúde, mais rapidamente que levará a uma rápida perda de qualidade de vida.
O exercício não só pode quebrar ou inibir este efeito dominó, como pode também ajudar a diminuir o isolamento destes doentes, uma vez que ajuda a pessoa a manter-se social. Ao integrar atividades físicas estes pacientes vão manter-se móveis, podem sair mais facilmente de casa integrando atividades comunitárias.  
Outra etapas importantes na manutenção da qualidade de vida com a DPOC:
·      Parar de fumar;
·      Vacinar-se atempadamente para o vírus da gripe;
·      Juntamente com o seus médicos assegurar-se que tem a prescrição de oxigénio adequada;
·       Seguir as prescrições e conselhos médicos;
·      Manter o peso adequado e seguir uma dieta saudável;
·      Comunicar todas as alterações de saúde ao seus médicos.
Embora os doentes de DPOC necessitam de uma monotorização médica constante no tratamento da sua doença, estes pequenos passos podem ajuda-los a desfrutar de atividades e a viver ao máximo as suas vidas.

Referencias Bibliográficas:

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