A terapia com animais tem-se mostrado
muito útil em doentes com Alzheimer ou outros tipos de demência. Animais de
estimação, os cães em particular, acalmam os doentes com demência e ajudam-nos
a manterem-se ativos (os cães adoram passear). Ajudam também a manter estes
doentes sociais, através das interações com transeuntes que não resistem a
estes companheiros de caminhada.
Os cães oferecem momentos de diversão às
pessoas que todos os dias têm que lidar com a demência, foi demonstrado que
pacientes com demência, melhoram o seu apetite após interagirem com os seus
amigos de quatro patas.
A boa noticia é que pode estar a surgir
uma novo tipo de animais de estimação. Animais que ajudam as pessoas com demências,
cães treinados para lembrar as pessoas da toma da medicação, ou refeições, ou
orientar na volta para casa. Ainda mais
impressionante, é que estes cães podem fazer este tipo de atividades
autonomamente, sem necessidade de
qualquer comando verbal. Será que isto é possível?
Considerando o nível de inteligência e o
comportamento de certos cães, esta ideia pode não ser assim tão utópica. De
facto, atualmente existem 6 cães a nível mundial com capacidade para realizar
este tipo de tarefas, em dois projetos, um em Israel e outro na Alemanha. Estes
projetos pretendem crescer aumentando o numero de cães treinados para o auxilio
a pessoas idosas.
Ao contrario da tradicional terapia com
animais, onde essencialmente o animal oferece companhia ao doente, estes projetos
pioneiros têm como objetivo desenvolver o treino de animais de assistência.
Estes vão auxiliar pacientes com demência e Alzheimer nas suas tarefas diárias,
potenciando assim uma vida mais independente.
Este tipo de treino não é utilizável em
todos os cães, sendo mesmo um dos treinos mais exigente aplicado nestes
animais. Uma vez que a sua tarefa
principal será trazer o seu companheiro humano de volta a casa ( ou procurar
ajuda se necessário), os cães de assistência na demência são escolhidos com base
na sua capacidade de ajudar sem necessidade de comandos, e na capacidade de
adaptar o que aprendem novos ambientes e
situações. Estes têm que ser fortes o suficientes para suportar mudanças de
humor frequentes, algo que pode acontecer regularmente em doentes com demência.
Estes estudos piloto inovadores com os
nossos amigos caninos têm-se mostrado promissores, os pacientes com demência e
as suas famílias têm obtido resultados muito positivos. Talvez um dia, num
futuro próximo, estes companheiros cuidadosamente treinados, estarão
disponíveis para nos auxiliar e nos proporcionar uma vida mais independe,
autónoma e com mais qualidade.
Referencias
Bibliográficas:
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