terça-feira, 8 de outubro de 2013

O que é a doença de Alzheimer?


Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas – memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras. Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas actividades diárias. 

Atinge, sobretudo, pessoas com mais de 60 anos e o risco de aparecer aumenta, progressivamente, com a idade. Os sintomas iniciais da doença de Alzheimer incluem perda de memória, desorientação espacial e temporal, confusão, bem como problemas de raciocínio e pensamento.  

Quais são os sintomas?

Normalmente há medida que as pessoas envelhecem, sofrem de alguma dificuldade em lembrar-se de alguns nomes ou detalhes específicos. Este tipo de perdas de memória não é característico de doentes com Alzheimer. Nesta doença a perda de memória é progressiva e começa a interferir gradualmente nas actividades diárias, as capacidades de interacção social começam a diminuir e pode haver instabilidades de humor repentinas.  

O aparecimento de um destes sintomas individualmente não é significativo, sendo necessário analisar as capacidades das pessoas no passado e no presente e verificar a discrepância. Os doentes de Alzheimer, usualmente, demonstram um grupo de problemas e não sintomas individuais, tais como a perda de memória, a dificuldade em reconhecer familiares, a incapacidade para realizar actividades do dia-a-dia, dificuldades com o vocabulário, dificuldades em ler e escrever, falta de discernimento, descuido com a imagem, mudanças de personalidade, instabilidade emocional pautada por grandes alterações de humor, medo e ansiedade sem nenhuma razão aparente, comportamento desinibido, desorientação, problemas com a coordenação motora, falta de orientação, problemas que põem em causa a segurança dos doentes entre outras.
 

A segurança dos doentes de Alzheimer
 
Uma das questões mais sensíveis dos doentes com Alzheimer é a tendência para fugirem de casa, pelas mais variadas razões – efeitos secundários da medicação, um ambiente barulhento ou stressante, tentar satisfazer as necessidades básicas (ir à procura de uma casa de banho) ou mesmo tentar realizar actividades diárias passadas, como por exemplo, ir à procura do antigo emprego.  

Para reduzir as probabilidades de os doentes fugirem de casa há uma serie de medidas de prevenção que podemos tomar, tais como:  

- Providenciar oportunidades para o doente se exercitar dentro e fora de casa: dançar, cantar, passear num centro comercial, de modo a que a pessoa explore por si própria as várias possibilidades e não tenha que fugir de casa; 
 
- Reduzir o barulho e a confusão, essencialmente, às horas da refeição; 

- Rotular as casas de banho, quartos, cozinha e sala de estar com letras grandes e imagens. Colocar uma faixa amarela de plástico como símbolo de perigo em todas as portas que não são para atravessar; 
 
- Camuflar as portas pintando-as da mesma cor das paredes ou cobrindo-as com cortinas. Colocar um espelho a todo o comprimento nas portas para o exterior. Alguns doentes, quando não se reconhecem no espelho, voltam para trás e não saem de casa; 
 
- Instalar alarmes eletrónicos nas janelas e nas portas; 

- Monitorizar a medicação regularmente, especialmente os ansiolíticos e anti-depressivos; 

- Aprender os hábitos e estilos de vida do doente, de modo a tentar perceber as suas reacções, como por exemplo, como age após uma discussão ou se sai de casa no seu antigo horário de trabalho.