sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Doença de Parkinson



O que é?

A doença de Parkinson é caracterizada por tremores e por movimentos mais rígidos e lentos onde são quatro os sintomas mais visíveis: tremor, rigidez, bradicinesia (lentidão de movimentos) e instabilidade postural. Estima-se que esta doença afecta uma em cada mil pessoas no continente europeu e, em Portugal cerca de 20 mil pessoas sofrem da doença de Parkinson.

Trata-se de uma doença grave, que provoca alterações cognitivas e, aliados a outros sintomas, poderá originar uma incapacidade semelhante ao AVC (Acidentes Vasculares Cerebrais). Genericamente, caracteriza-se por uma doença degenerativa do sistema nervoso central, provocando uma disfunção de uma parte dos neurónios criando, consequentemente, uma desordem progressiva dos movimentos e da locomoção.

Apesar dos primeiros indícios se começarem a acentuar a partir dos 50 anos, esta doença também afecta uma pequena percentagem de pessoas mais jovens.
 

Quais os sintomas?

As manifestações da doença de Parkinson vão geralmente surgindo ao longo do tempo, começando pelo aparecimento de tremores numa das mãos, manifestando-se de seguida na perna do mesmo lado e, posteriormente, nos outros membros. Caracteriza-se essencialmente por uma redução significativa ou inibição de actividades espontâneas, uma incapacidade notória para desenvolver estratégias na resolução de problemas diários, simples transtornos psicológicos, entre outros.

De evolução lenta e regularmente progressiva, a doença de Parkinson possui diversos sintomas, daí ser necessário estar atento a todas estas questões para que se possa amenizar as sequelas associadas a esta doença. A alimentação pode também ficar comprometida com a existência da doença de Parkinson, pois os seus portadores poderão desenvolver depressão, o que poderá comprometer consequentemente o seu estado nutricional e levar, na maioria dos casos, a uma perda drástica de peso. À medida que a patologia se vai desenvolvendo, o corpo vai-se tornando cada vez mais lento e, já numa fase bastante avançada da doença, vão-se tornando cada vez mais dependentes dos que os rodeiam.

Cuidados a ter nos portadores da doença de Parkinson

Tal como todas as patologias que afectam os pacientes em idades mais avançadas requerem cuidados especiais e um acompanhamento permanente, a doença de Parkinson não é excepção. Dependendo do estado da mesma, é necessária uma adaptação da rotina diária na vida destes doentes. É importante começar pelo espaço habitável, onde o paciente passa a maioria do seu tempo, organizando os objectos de maior utilização, deixando-os em locais de mais fácil acesso; retirar tapetes ou elementos que possam provocar mais dificuldade na locomoção; ajudar em tarefas de grande esforço, como carregar as compras ou realizar limpezas domésticas.

No entanto, é sempre importante estimular a sua independência, pois isso ajudá-lo-á a estimular as suas capacidades para realizar as tarefas diárias. Uma dieta equilibrada é também uma prática essencial para manter estes pacientes um pouco mais saudáveis, dando particular atenção aos alimentos ricos em fibras. Para que a alimentação não seja um sacrifico, são necessárias algumas técnicas como a apresentação de alimentos fáceis de ingerir e com aspecto atractivo, talheres leves e fáceis de manusear, dar o tempo necessário para a refeição, entre muitos outros. Apesar de poder parecer contraditório, a actividade física praticada regularmente contribui de forma significativa para combater a depressão e faz com que o paciente se sinta bem física e mentalmente, tal como é fundamental mantê-lo activo socialmente e estimular o seu interesse pela vida, podendo continuar a usufruir das coisas boas, apenas com alguns ajustes. O importante é que se possa sempre sentir útil e capaz de acompanhar os que o rodeiam.