O que é?
A doença de Parkinson é caracterizada por tremores e por
movimentos mais rígidos e lentos onde são quatro os sintomas mais visíveis:
tremor, rigidez, bradicinesia (lentidão de movimentos) e instabilidade
postural. Estima-se que esta doença afecta uma em cada mil pessoas no
continente europeu e, em Portugal cerca de 20 mil pessoas sofrem da doença de
Parkinson.
Trata-se de uma doença grave, que provoca alterações
cognitivas e, aliados a outros sintomas, poderá originar uma incapacidade semelhante
ao AVC (Acidentes Vasculares Cerebrais). Genericamente, caracteriza-se por uma
doença degenerativa do sistema nervoso central, provocando uma disfunção de uma
parte dos neurónios criando, consequentemente, uma desordem progressiva dos
movimentos e da locomoção.
Apesar dos primeiros indícios se começarem a acentuar a
partir dos 50 anos, esta doença também afecta uma pequena percentagem de
pessoas mais jovens.
Quais os sintomas?
As manifestações da doença de Parkinson vão geralmente surgindo
ao longo do tempo, começando pelo aparecimento de tremores numa das mãos, manifestando-se
de seguida na perna do mesmo lado e, posteriormente, nos outros membros.
Caracteriza-se essencialmente por uma redução significativa ou inibição de
actividades espontâneas, uma incapacidade notória para desenvolver estratégias
na resolução de problemas diários, simples transtornos psicológicos, entre
outros.
De evolução lenta e regularmente progressiva, a doença de
Parkinson possui diversos sintomas, daí ser necessário estar atento a todas
estas questões para que se possa amenizar as sequelas associadas a esta doença.
A alimentação pode também ficar comprometida com a existência da doença de
Parkinson, pois os seus portadores poderão desenvolver depressão, o que poderá
comprometer consequentemente o seu estado nutricional e levar, na maioria dos
casos, a uma perda drástica de peso. À medida que a patologia se vai
desenvolvendo, o corpo vai-se tornando cada vez mais lento e, já numa fase
bastante avançada da doença, vão-se tornando cada vez mais dependentes dos que
os rodeiam.
Cuidados a ter nos portadores da doença de Parkinson
Tal como todas as patologias que afectam os pacientes em
idades mais avançadas requerem cuidados especiais e um acompanhamento
permanente, a doença de Parkinson não é excepção. Dependendo do estado da
mesma, é necessária uma adaptação da rotina diária na vida destes doentes. É
importante começar pelo espaço habitável, onde o paciente passa a maioria do
seu tempo, organizando os objectos de maior utilização, deixando-os em locais
de mais fácil acesso; retirar tapetes ou elementos que possam provocar mais
dificuldade na locomoção; ajudar em tarefas de grande esforço, como carregar as
compras ou realizar limpezas domésticas.
No entanto, é sempre importante estimular a sua independência,
pois isso ajudá-lo-á a estimular as suas capacidades para realizar as tarefas diárias.
Uma dieta equilibrada é também uma prática essencial para manter estes
pacientes um pouco mais saudáveis, dando particular atenção aos alimentos ricos
em fibras. Para que a alimentação não seja um sacrifico, são necessárias
algumas técnicas como a apresentação de alimentos fáceis de ingerir e com
aspecto atractivo, talheres leves e fáceis de manusear, dar o tempo necessário
para a refeição, entre muitos outros. Apesar de poder parecer contraditório, a
actividade física praticada regularmente contribui de forma significativa para
combater a depressão e faz com que o paciente se sinta bem física e
mentalmente, tal como é fundamental mantê-lo activo socialmente e estimular o
seu interesse pela vida, podendo continuar a usufruir das coisas boas, apenas com
alguns ajustes. O importante é que se possa sempre sentir útil e capaz de
acompanhar os que o rodeiam.